7 coisas que aprendemos com as viagens
Viajar é o melhor exercício pra gente aprender mais sobre o mundo e sobre nós mesmos. É a forma mais autêntica de conhecer outras culturas, interagir com diferentes pessoas e o principal: sair da zona de conforto.
Hey, Fools!
Antes de tudo, vamos nos conhecer! Sou a Quel, publicitária e viajante nas horas vagas. Na realidade, sou doida por viagens, sempre que posso dou minhas escapadas e pra mim não importa se a viagem é longa, curta, nacional ou internacional, perto ou longe. O importante mesmo é ter sempre uma chance de conhecer - e aprender - algo novo.
E é por isso que eu estou aqui, neste blog maravilhoso, pra trocar ideia sobre viagens, passar algumas dicas e compartilhar um pouco do que eu aprendi e continuo aprendendo a cada embarque e desembarque.
De longe eu não sou a pessoa mais viajada do mundo, mas tenho alguns bons quilômetros rodados e experiências que mudaram a minha forma de ver a vida e principalmente, de agir.
Quando viajamos, fazemos uma imersão em coisas que, muitas vezes, estão bem distantes da nossa realidade: o idioma, a comida, aspectos culturais, religião, visão política, clima, música, hobbies, formatos de trabalho, vida em sociedade... Enfim, uma lista quilométrica de coisas que mudam de país para país e até mesmo entre os estados e as cidades de um único país.
Você já parou pra pensar na quantidade de coisas que a gente aprende em uma viagem? Pode parecer loucura, mas é quando caímos na estrada que ela nos mostra o valor das pequenas coisas e ensina aquilo que a gente custa a aprender e praticar vivendo apenas no nosso mundinho.
Pensando nisso, separei 7 coisas que aprendemos com as viagens e que levamos pra vida (claro, quem não viaja também aprende essas coisas, mas as viagens aceleram o processo e ensinam com inúmeras visões e de formas diferentes):
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1. Empatia e Abertura para o Desconhecido
Quando a gente chega em uma cultura diferente da nossa, o choque pode ser forte. E antes de julgar ou de expressar qualquer pensamento, precisamos tentar compreender aquele contexto, entender o que levou aquelas pessoas a pensarem e agirem de tal maneira, como a política e a religião daquele local impactam na vida dos habitantes e o que a gente pode fazer para aprender, entender e agir de forma que não falte com respeito ou menospreze o que é diferente simplesmente por ser diferente e tente impor o que é “nosso”.
Precisa ter empatia para compreender o outro e mente, corpo e espírito abertos para aprender com o desconhecido. Para agregar, somar e não excluir.
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2. Espírito Esportivo
Provavelmente você vai passar por alguma roubada nas suas viagens. Não estou rogando praga, longe de mim... Mas o fato é que acontece! Seja pagando um mico por falar algo errado, comer algo que não te faça muito bem, presenciar alguém fazendo alguma esquisitice (pra você, porque pra pessoa certamente é algo super normal), ou vai pegar lugares lotados demais, problemas no transporte, na acomodação, desentendimentos leves por conta do idioma, dos costumes, clima, desencontros, se perder, etc....
Nestes e em tantos outros momentos, manter o espírito esportivo faz toda a diferença! Eu falo por experiência própria, por ter aprendido na marra. Uma vez, quando estava em Portugal, eu achava que já era uma boa viajante, que não teria tempo ruim pra mim e bla bla bla. Mas o tempo fechou real oficial, choveu justo no dia em que eu mais queria sol e eu dei um mini piti épico comigo mesma! Foi A CENA!
Eu me envergonho disso até hoje, mas também dou boas risadas. Afinal, de que adiantou tanto estresse? Nada! O tempo melhorou quando teve que melhorar e ponto. E se eu tivesse me afundado no meu piti, teria perdido um dos passeios mais incríveis da viagem. Ou seja, lição aprendida... relax, take it easy, keep calm and leva na esportiva.
Até a chuva!
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3. Espírito Coletivo
Mesmo pra quem viaja sozinho, em algum momento vai precisar praticar – ou aprender a colocar em prática – o espírito coletivo. Em viagens com outras pessoas, mozão, família ou amigos, o espírito coletivo já começa a ser testado na hora de fazer escolhas que agradem a todos ou que seja pelo menos um meio termo, que tenha um senso comum, que todos possam fazer passeios e ter interações que tenham mais a ver com o estilo de cada um.
Viajando em grupo ou sozinho, em quase todos os momentos a gente precisa pensar e agir de acordo com o coletivo: no transporte, na rua, em tudo. Pra mim, o espírito coletivo consiste em respeitar a individualidade de cada um, a liberdade de cada um e ao mesmo tempo pensar no bem de todos, agir de forma que não seja um incomodo pra todo mundo.
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4. Desapego
Tem uma galera que vai viajar e leva a casa junto. Um amontoado de roupas que não vai nem ter tempo pra usar, eletrônicos, livros e mais livros, e mais um tanto de volume. Mas quanto mais se viaja, mais a gente aprende o valor de viajar leve e SER leve. No sentido de que vemos que na realidade são as experiências que temos e as relações que construímos que preenchem a nossa alma e o nosso pensamento, e não a quantidade de coisas que temos, levamos ou trazemos de uma viagem.
Viajando, aprendi a ir e vir mais leve e a carregar somente o peso que eu aguento e que não me fará mal. No sentido literal e metafórico da coisa. No caminho, cada pessoa vai descobrindo o peso que deseja e pode carregar.
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5. Confiar no sexto sentido
Tem muita gente boa no mundo, mas também existe quem vai agir de forma mal intencionada, ou se aproveitar de alguma fraqueza ou deslize seu. Com o tempo, a vida e principalmente as viagens, ensinam como podemos ficar mais alertas para estes momentos e a confiar mais no sexto sentido.
A recusar uma carona que por algum motivo desconhecido te deixou desconfortável, a não cair em golpes pega viajante, a selecionar as amizades e paixões que aparecem pelo caminho, a traçar as melhores rotas...
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6. Independência
Principalmente para quem viaja sozinho, chega aquele momento em que não vai ter ninguém da família, do grupo de amigos ou do trabalho pra ajudar em algo, quebrar um galho, ou emprestar um ombro amigo.
A independência que se aprende viajando, a gente leva pra vida toda: aprendemos a ser mais práticos, a resolver mais coisas em menos tempo, a tomar decisões mais certeiras, achar o próprio caminho, fazer as próprias escolhas e até se auto consolar quando bate a bad, a saudade de casa, ou qualquer outro sentimento momentâneo. Aprendemos a nos conhecer melhor. Viajar também é uma forma de se autoconhecer.
Também aprendemos uma independência financeira muito mais prática, afinal, se você for um eterno viajante deslumbrado, com certeza vai torrar a grana da viagem antes do que imagina. E mesmo quem acaba fazendo isso, com o tempo aprende a ter mais autocontrole, planejamento e foco no que realmente importa.
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7. Comunicação
Nem precisa ir tão longe. Viajando entre os estados do Brasil, olha o tanto de expressões, sotaques e até dialetos que temos em um só país. E o quanto que aprendemos e às vezes até nos apropriamos um pouco. Basta um piscar de olhos pra voltar de Minas ou de Goiás falando UAI.
Imagina viajando pra outros países, mesmo que você não fale nada do idioma local, o seu cérebro e sua empolgação vão achar um jeitinho de te ajudar a se comunicar. Você pode ser a pessoa mais tímida do mundo, mas vai acabar aprendendo uma forma de se comunicar cada vez mais e melhor.
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Bom, hoje a lista termina aqui. Tem mais coisas (muitas, inclusive) que podem entrar pra essa lista, mas vamos com calma... Olha, esse é um outro ensinamento precioso que as viagens proporcionam: não ter pressa. Com pressa, a gente deixa de aproveitar o melhor. #ficaadica
E você, o que aprende quando viaja? O que você leva pra vida? Comenta aqui, conta pra gente. Se quiser, pode mandar dúvidas, reflexões, críticas... vale tudo, é um bate-papo.
Espero que todos tenham gostado e que façam sempre Ótimas Viagens por aí!
A gente se vê!