As nove inteligências aplicadas ao ensino de uma nova língua

Todos nós sabemos que as pessoas possuem habilidades e competências diferentes. Mas você já se perguntou o porquê disso?

No que diz respeito ao estudo de como aprendemos e como desenvolvemos as nossas aptidões em determinadas áreas, muitos psicólogos e neurolinguistas têm se debruçado para compreender o funcionamento cerebral frente à aprendizagem e para justificar os motivos de alguns indivíduos apresentarem mais desenvoltura em determinados campos do conhecimento.

Howard Gardner é um desses pesquisadores que ampliou as percepções acerca das teorias de aprendizagem e desmontou o mito de que possuímos uma inteligência única e indissolúvel. Segundo a visão do pesquisador, nós, seres humanos, possuímos diversos tipos de inteligência que podem, inclusive, serem divididas em categorias. Gardner, com a teoria das inteligências múltiplas não destaca uma como sendo mais importante que outra, apenas assinala diferenças entre elas.

A teoria de Gardner foi de suma importância para atuação dos profissionais do ramo da educação, pois, a partir dessa percepção, notou-se a necessidade de estimular e despertar as inteligências múltiplas dos aprendizes a favor de um processo educativo mais amplo e complexo.

Gardner, inicialmente conseguiu classificar e categorizar sete inteligências, no entanto os estudos se aprofundaram, e, atualmente já apontam nove categorias: linguística, lógico-matemática, espacial, musical, corporal sinestésica, intrapessoal, interpessoal, naturalista e existencial.

Cada uma dessas inteligências corresponde a habilidades e processos distintos de aprendizagem. Portanto, no que se refere à educação, a teoria das inteligências múltiplas possibilita identificar por quais meios o estudante consegue compreender e aprender de forma mais produtiva e a partir daí o ensino pode se adequar a essas maneiras diversas de aprender.

No que se refere à aprendizagem de línguas estrangeiras, é possível realizar um trabalho personalizado, se apoiando em outros recursos didático-pedagógicos mais atrativos, seguindo os mapas das inteligências múltiplas para estimular a aprendizagem e para que ela ocorra de forma muito mais natural e com engajamento.

Confira no infográfico, o detalhamento das inteligências. Tente encontrar as suas!

Se cada um de nós aprende a partir de estímulos diferentes, não há como tentar padronizar o ensino de uma língua estrangeira somente com quadro e giz.

É preciso, antes de mais nada, diversificar as possibilidades de aprendizagem e possibilitar experiências diferentes para ativar as áreas de interesse no estudante e assim estimulá-lo para um aprendizado mais rápido e eficiente.

Um exemplo claro disso aparece com frequência nos relatos de estudantes de línguas estrangeiras; algumas pessoas dizem terem aprendido inglês de uma forma muito mais eficiente por meio de músicas, esse dado reforça o desenvolvimento da sua inteligência musical, ou seja, da sua capacidade de interagir e compreender os sons e a pronúncia das palavras na música de uma forma mais produtiva.

Há outros, no entanto, que afirmam que o melhor método para o aprendizado ocorreu na interação pessoal com outros indivíduos falantes da língua estrangeira, o que reforça o desenvolvimento na inteligência interpessoal.

A inteligência interpessoal é uma inteligência que nos possibilita interpretar palavras e gestos subentendidos em cada discurso. Esses dados não indicam que essas pessoas não possuem as outras inteligências, somente que elas possuem um desenvolvimento maior e um interesse mais acentuado por essas habilidades que já dominam, logo a aprendizagem ocorre melhor quando está direcionada a capturar esses estímulos. Para que o aprendizado ocorra de uma forma mais eficiente, é importante que os cursos de línguas possam oferecer diversos tipos de atividades. Com uma didática mais diferenciada e apoiada em outros recursos, é possível captar e desenvolver diversas fontes de estímulo.

Nas imersões em línguas do The Fools, as experiências e o contato com a língua englobam um grande número de atividades. Dessa forma, é possível atingir de forma mais efetiva a todos os participantes e até mesmo programar ou adaptar o aprendizado de acordo com aquilo que as pessoas que vivenciaram a experiência relatam ter mais facilidade ou maior estímulo.

As atividades realizadas são inseridas em contextos diferentes, como aulas de dança, de culinária, de conversação, entre outros planos didáticos que englobam muitas possibilidades de aprender.

Essa maneira de exposição à língua é muito mais interativa, dinâmica e reflete no desenvolvimento do aluno no aprendizado da linguagem. No ensino de línguas estrangeiras, essa variedade de atividades é muito importante, pois ela consegue contemplar os mais diferentes tipos de inteligências.


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