A ciência por trás do The Fools

Por que e como o The Fools funciona?

Uma abordagem científica das principais ferramentas que são utilizadas nas imersões do The Fools.

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1. Aprendizado natural e subconsciente

O The Fools não é uma aula ou uma escola de idioma, e sim um programa de imersão meticulosamente desenhado para uma aprendizagem diferente. Mas diferente como?

O renomado linguista Stephen D. Krashen argumenta que existe uma distinção no aprendizado e na aquisição de uma língua. Aprendizado: regras e gramática, aprendizado conciente, aprendizado explícito, forma da língua. Aquisição: intuição do correto e errado, aprendizado subconsciente, aprendizado natural, conteúdo e significado da língua.

Nestes termos estabelecidos por Krashen, o The Fools oferece algumas opções de aprendizado, mas principalmente o The Fools é uma experiência de aquisição da língua estrangeira. Durante a imersão do The Fools, o participante adquire a língua de um modo natural, leve e subconsciente, onde o importante é a comunicação e o entendimento do significado.

É importante colocar que o aprendizado e a aquisição não são antagônicos e sim complementares.

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2. Estímulo dos 5 sentidos e da emoção

Em uma imersão do The Fools, o participante tem seus 5 sentidos estimulados constantemente durante o programa. Ele terá degustação de sabores, inúmeros objetos, coisas, vistas, atividades que estimulam ou isolam os sentidos. Assim a aquisição da língua estrangeira é mais rápida e as palavras são mais facilmente memorizadas.

Cientistas do instituto Max Planck de ciências cognitivas e cerebrais na Alemanha criaram uma língua artificial chamada Vimmish com o intuito de saber como as pessoas podem memorizar mais rapidamente uma língua estrangeira. Eles descobriram que métodos de aprendizagem que envolveram vários sentidos eram os mais eficazes no aprendizado de uma língua. Quando associações do vocabulário eram feitas com vários sentidos diferentes, havia uma ‘marcação’ maior no cérebro.

Em outras palavras, somente ler ou escutar a palavra ‘orange’ tem um efeito no cérebro muito diferente do que enxergar os tons de laranja, enquanto o cheiro cítrico, o toque liso, o gosto entre doce e azedo e o barulho da mordida acontecem ao mesmo tempo. O cérebro tem mais informações, associações com a palavra ‘orange’.

Muito similarmente, as emoções, também funcionam como os sentidos no aprendizado diz Dr. Katharina von Kriegstein. Já dizia Platão, ‘Todo o aprendizado tem uma base emocional’. Por isso o The Fools vê como importante as experiências únicas nos programas de imersão. Experiências que mexem com os participantes, que atraem o interesse e estimulam variadas emoções em todos.

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3. Relaxamento e tranquilidade

A PhD polonesa Ewa Pierchurska-Kuciel em seu artigo A relação entre ansiedade no idioma e a habilidade de falar, escreve que a ansiedade, o stress e o nervosismo são obstáculos significativos no desenvolvimento da proficiência na língua estrangeira.

Por isso o ambiente tranquilo e relaxante do The Fools possibilita o participante a perder a vergonha e o nervosismo, e assim se comunicar com todos mais facilmente. Inúmeros estudos, entre eles o de Rachel Kaplan, PhD, da Universidade de Michigan, comprovam cientificamente que o contato com a natureza proporciona uma maior clareza mental, aumento de habilidades cognitivas e até acelerar recuperações físicas em pacientes.

O The Fools acontece sempre em locais com natureza abundante e a sede principal da empresa fica em um lindo sítio de 50 hectares.

Além do ambiente propício, os instrutores, profissionais em imersão, auxiliam os participantes a perderem as ânsias e as vergonhas associadas com o falar da língua estrangeira.

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4. Interesse

O poder do interesse no aprendizado é enorme. Muitos professores até citam a falta de interesse dos alunos como o maior obstáculo no aprendizado.

Nas imersões do The Fools é de extrema importância que os participantes escolham atividades e workshops que eles têm interesse. Por isso, ocorrem de 2 a 5 atividades simultâneas onde o grupo se subdivide de acordo com seu interesse do momento. Assim o participante estará mais presente mentalmente, participativo e se aprofundará mais na língua.. Seu poder de aquisição da língua aumenta exponencialmente.

Em um artigo na Academia de psicologia aplicada da Índia, o PhD David Annoussamy explana que existe um processo natural de aquisição de linguagem que as instituições no mundo inteiro precisam levar em consideração. Diz ele, “ a aquisição da língua segue um fluxo de circunstâncias da vida real. O aprendiz escolhe as coisas no qual ele tem interesse.”

Nas imersões, raramente o participante pode não querer participar de alguma atividade, não tem problema pois ele pode ler, caminhar, dormir, comer ou simplesmente observar. O importante é que o participante esteja fazendo algo de seu interesse.

O professor PhD da Universidade da Carolina do Norte Paul Silvia argumenta que o interesse funciona como uma força nos puxando ao novo, ao exótico, ao diferente. O efeito cognitivo do interesse é de sobrecarregar nosso pensamento.

No aprendizado, quando estamos interessados no que estamos aprendendo, Paul diz, prestamos atenção mais de perto, processamos a informação mais eficientemente e empregamos melhores estratégias de aprendizado como pensamento crítico, melhores conexões entre conhecimento antigo e novo e explorando estruturas mais profundas em vez de superficiais.

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5. Diversão

Nas imersões do The Fools a diversão não só faz parte do aprendizado, como é uma ferramenta linguística poderosa. O participante ganha interesse e motivação, perde a tensão que o bloqueia a falar e o faz estar presente mentalmente nas interações.

O PhD de Harvard e professor da UCLA John Schumann cita o Heidelberg Project, no qual pesquisadores mediram variáveis na aquisição do alemão por imigrantes. Neste estudo foi encontrado uma correlação significativa na aquisição da língua e o tempo que eles passavam se divertindo na língua estrangeira.

O efeito do aprendizado foi até maior que o do grupo que utilizava a língua somente no trabalho. Em outras palavras, a interação dessas pessoas com diversão acelerou a fluência do aprendiz da língua.

Inúmeros estudos como o do PhD em psicologia Randy Garner ou de Mark Shatz, PhD e Frank LoSchiavo, PhD comprovam que a utilização de humor é extremamente benéfica no aprendizado, auxiliando com a diminuição de medos e ansiedades e aumentando o interesse, a memória e a motivação do aluno.

Com essa visão que o The Fools organiza seus programas, e por isso o nome The Fools, os bobos, pois educação não precisa ser séria, e como muitos estudos científicos mostram, ela preferencialmente deve ser divertida.

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6. Interação maximizada, mas natural

No The Fools, cada imersão em inglês, francês, italiano, alemão, português ou espanhol é desenhada para criar interações entre os participantes. Mas interações interessantes, significativas e naturais, sem aquele sentimento de algo forçado ou falso.

No mencionado Heidelberg project, resultados mostraram que pessoas que tinham empregos que requerem comunicação em alemão com os outros trabalhadores aprendiam o alemão mais rápido que pessoas com empregos com pouca interação entre os trabalhadores.

Já o PhD em linguística aplicada e professor da Universidade de Maryland, Michael Long (wiki link), é creditado por criar uma famosa teoria chamada hipótese da interação, na qual a aquisição da língua estrangeira é positivamente afetada pela interação cara a cara, onde há a ‘negociação’ entre o fluente e o aprendiz. Esta negociação é quando o aprendiz não entende algo falado pelo fluente, e o fluente, utilizando de alguma estratégia de comunicação, consegue comunicar o significado. Muitas destas estratégias de comunicação são ensinadas nas imersões do The Fools.

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7. Errar faz parte

No The Fools, caso o participante cometa um erro gramatical, fale com uma pronúncia estranha ou erre o significado da palavra, não tem problema. Um dos objetivos das imersões é se comunicar e perder o receio de errar. Errar faz parte do processo de aquisição da língua e portanto nas imersões é evitado corrigir os participantes frequentemente.

Estudos indicam que corrigir o estudante em um ambiente de aquisição, (como o ambiente de imersão do The Fools), não gera efeito positivo no aprendizado. Muitas vezes leva o estudante a falar MENOS e ficar mais autocrítico e retraído.

Mas como somos todos diferentes, caso o participante queira ser corrigido, os instrutores podem auxiliá-lo com correções pontuais.

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8. Ambiente psicologicamente seguro e positivo

Nas imersões, o ambiente é tudo. Ele dita como os participantes se relacionam, as dinâmicas do grupo, e por consequência o efeito no aprendizado.

Dr. Kenneth Barron e Dr. Chris Hulleman criaram uma fórmula para descrever a motivação de um aluno: Motivação = expectativa x valor Expectativa é o quanto o aluno acredita que ele pode completar a tarefa e valor é quanto interesse ou importância o aluno coloca na tarefa.

Neste caso um ambiente positivo e seguro, argumenta a PhD Kimberly Still, empodera o aluno com confiança para ter uma expectativa maior, gerando um aumento significativo na sua motivação.

O The Fools estabelece um ambiente extremamente amigável nas imersões pois cria-se um espírito de uma pequena comunidade, uma família onde todos se ajudam pois estão todos ‘no mesmo barco’, aprendendo uma nova língua.

O PhD Timothy Clapper escreve que quando o participante sente-se psicologicamente seguro ele arrisca mais, tem menos medo de errar e tem mais facilidade em classificar, guardar e acessar informações. Uma criança aprendendo sua língua materna precisa de um ambiente seguro para começar a falar, no The Fools, este ambiente de segurança e respeito entre todos é recriado.

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Agora deu para entender o que acontece aqui, o motivo do The Fools ter a estrutra programática que tem, a localização que se encontram suas unidade ou o modo teatral que atuam nossos instrutores.

Em tudo tem um porquê, ao final, o nosso objetivo é auxiliar pessoas a falarem um idioma estrangeiro, além disso, a se sentirem mais felizes e confiantes. :)


Bibliografia

Krashen, Stephen D., Principles and practice in second language acquisition (Pergamon Press Inc, 1982) p. 10

http://www.sdkrashen.com/content/books/principles_and_practice.pdf

https://www.mpg.de/8934791/learning-senses-vocabulary

Piechurska-Kuciel, Ewa, The Relationship between language anxiety and the development of the speaking skill: results of a longitudinal study in Pawlak, Miroslaw (eds.), Speaking and instructed foreign language acquisition. (Multilingual Matters, 2011) p. 202

https://goo.gl/6eBDXL

http://medind.nic.in/jak/t06/i1/jakt06i1p84.pdf

Paul, Annie, How the power of interest drives learning? (November, 2013) - https://ww2.kqed.org/mindshift/2013/11/04/how-the-power-of-interest-drives-learning/

Schumann, John, The acculturation model for second-language acquisition in Gingras, R. (Ed.) Second-language acquisition and foreign language teaching (Arlington, Virginia: centre for applied linguistics, 1978) pp. 27-50.

Stambor, Zak, How laughing leads to learning (APA Journal, Vol. 37, n 6, junho 2006) - http://www.apa.org/monitor/jun06/learning.aspx

Krashen, Stephen D., Principles and practice in second language acquisition (Pergamon Press Inc, 1982) p. 43

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Johnson, Keith; Johnson, Helen, (eds). "Interaction Hypothesis". Encyclopedic Dictionary of Applied Linguistics: A Handbook for Language Teaching. (Oxford: Blackwell Publishers, 1999) p. 174.

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http://www.sdkrashen.com/content/books/principles_and_practice.pdf

Krashen, Stephen D., Principles and practice in second language acquisition (Pergamon Press Inc, 1982) p. 11

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https://goo.gl/e4QCCp

Clapper, Timothy, Creating the safe learning environment (Pailal, 2010) - http://www.academia.edu/1180264/Creating_the_safe_learning_environment

Postado em 26 de Aug de 2021.

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